quinta-feira, 17 de novembro de 2011

  FONTE : FATO OU FICÇÃO

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Resposta de Margareth Ferreira sobre ASSISTENCIALISMO


O assistencialismo gera uma clientela política que faz manter a máquina de poder funcionando precariamente porque o povo não pensa, só possui necessidades a serem supridas em períodos pré eleitorais de maneira bastante efetiva, e no intervalo entre os anos eleitorais de maneira intercalada e branda.

 Mas, o abrandamento da relação clientelista só faz com que o povo, cada vez mais ávido de ser assistido pelo político mais atencioso, ou pelo representante dele em sua comunidade se torne mas carente de atendimento e por conseguinte o público ideal para a manutenção do paradigma assistencialista

As eleições em anos intercalados são programadas justamente para fazer girar o circulo vicioso do assistencialismo.

E o pagamento do gás, do carnê da previdência social, a compra da cesta básica ainda é menos gravosa em relação ao sucateamento da saúde pública. Quanto mais fila para conseeguir marcar consultas e liberar exames e internações, maior será a necessidade de conhecer um 'político' bonzinho, ligado a saúde que não tem o menor constrangimento em esvaziar os armários do Posto de saúde para atender seus clientes/eleitores

Quem quiser ser atendido pelo SUS que procure um político ligado a saúde

E foi exatamente por isto, nas últimas eleições a saúde fez a maior bancada de nosso município.

Então, como romper com essa lógica?
A formação política em pequenos grupos de conscientização pode ser um caminho, mas a principal é a melhoria da educação
 Dificilmente uma educação crítica que ajude a construir um cidadão mais preocupado com as questões sociais e política vai possibilitar o surgimento de clientela para os políticos que sequer sabem elaborar seus pensamentos para criar leis em favor de mudanças sociais

A legislação de quebra-molas é mantida pela eleição das mesmas pessoas que ferem a ética e praticam a Lei de GersoN : "o importante é levar vantagem em tudo."

O povo pode mudar isto, mas antes ele precisa se conhecer melhor e se perceber como sujeito ativo desse processo político e não como cliente do político assistencialista, totalmente passivo diante do que está posto e não interessa ser mudado.

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