terça-feira, 29 de novembro de 2011

DO OUTRO LADO DA CERCA – Editorial – Beth Michel

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Comentário Vicente : Achei muito legal a postagem da Beth, verdadeira, mas acredito que todos que querem o bem de Alair devem criticar, e que seja uma crítica construtiva é claro, porque como eu já disse antes .
¨ O verdadeiro amigo é aquele que critica e não aquele que bajula ¨

Afinal, o que será que leva um candidato a ser eleito? Em teoria deve ser a vontade do povo expressa pelo voto, certo? Assim um político que passou por várias eleições e sempre “chegou lá” é por que conta com a aprovação do povo… Acho que isto faz sentido! Ou será que não?

E quando se fala em aprovação, não se pode “setorizar”, o povo aprova (ou desaprova) o “conjunto da obra”, por assim dizer. E deste conjunto fazem parte a personalidade, a forma de falar e de agir, as ações públicas, dentro e fora do exercício do mandato, e por aí vai. Ninguém respeita ou confia em uma pessoa sem forma definida ou que se amolda às circunstâncias por conveniência, ou para “se dar bem”. E não importa o que digam os “marqueteiros” ou “analistas políticos”, para o povo o que importa é coerência e integridade, e até mesmo nos defeitos. Alguém consegue imaginar um Leonel Brizola “amestrado” e “manso”?
Sim, é isso mesmo estou falando de Alair Corrêa!

Não sou o que se poderia chamar de Alairista no sentido histórico – nem político; até porque em toda a minha vida adulta nunca fui a um só comício – nem de Alair nem de ninguém; e olhem que político na minha família é o que não falta… O primeiro a que compareci “ao vivo” foi em 2008, e assim mesmo “arrastada” por Ivan Cruz e José Facury. E lhes confesso que fiquei a beira de um ataque de pânico – multidão, barulho, não entendia nada do que se passava ou se falava no palanque – um horror! A muito custo fui me condicionando a participar (na platéia) e mesmo assim, quando não encontrava nenhuma desculpa válida para não ir. Mas isto é outra história. O que quero dizer realmente é que sempre estive “do outro lado da cerca”, ou seja, como público.

E é por isso que me atrevo a dizer que Alair só chegou aonde chegou por ser aquilo que ele é: combativo, cabelinho na venta, paizão, às vezes moleque, teimoso, emotivo, centralizador, carinhoso com os seus, e insuportável com os “de fora”, vaidoso, mas sem perder os cacoetes da sua origem humilde. E vamos parar por aí, antes que a “galera” do contra comece a dizer que estou apaixonada, ou querendo uma portaria.

E sendo assim – como é; foi que  Alair conquistou com ampla margem de segurança quatro eleições majoritárias. Sim, eu disse quatro e não três, porque o primeiro mandato de Marquinhos só foi conquistado porque Alair assim o quis e pediu ao seu eleitorado – e é dele mesmo e ninguém tasca. A fome de “independência” de Marquinhos, que levou ao afastamento dos dois, forçou este último a “ganhar” o segundo mandato na mão grande e deu no que está dando… Então poderíamos dizer que Alair, na verdade tem cinco eleições (majoritárias) ganhas, embora tenha exercido de fato somente três. Isto é incontestável.

Que as elites, e grupelhos pseudo intelectuais, querem “mudanças” isto é o óbvio ululante – visto ser o único caminho para que “eles” ocupem o poder! Mesmo não tendo tais ambições, eu mesma – classe média decadente; muitas vezes me senti desconfortável com algumas atitudes de Alair, como me senti igualmente desagradada com algumas atitudes do Lula e até do Papa… Mas, e daí? Eu não conto, sou apenas um voto, e mesmo desagradada e/ou desconfortável com algumas atitudes, ainda assim votei em Lula, e em Alair, só não atendi ao pedido dele para votar em Marquinhos e lhe disse por que… E por infelicidade, parece que eu estava certa!
Se tivesse surgido algum candidato mais eficiente, e mais preparado, para conduzir os destinos de Cabo Frio no futuro – afinal Alair não é eterno e um dia há de ceder lugar a alguém outro; certamente eu votaria neste “outro”. Mas, ainda não detectei nem sinal desta “maravilha”, o que de certa forma é muito preocupante. Pois, oito anos (máximos) passam muito rápido, ainda mais quando as coisas vão bem!


Quem vai ganhar as eleições, é coisa que ninguém pode prever, mas se para ganhar significa ter que perder a identidade e a coerência, na minha modesta opinião não vale à pena, até porque ninguém consegue passar quatro anos numa “pele” (ou personagem como queiram) que não lhe pertence.

Seja como for, eu não me autorizo a tentar moldar Alair (ou qualquer outra pessoa) aos meus achismos ou gostos pessoais, e nem mesmo tentar destituí-lo dos seus defeitos. Até por que, se em um ataque de loucura ele resolvesse seguir meus conselhos (é ruim heim!), Alair não seria Alair, e sabe-se lá no “que” (e não quem) ele poderia se transformar. Não, eu prefiro continuar “incomodada” a privar outros milhares de leitores do Alair “original” – com todas as qualidades e defeitos. Cabo Frio não merece um Alair “made in Paraguay”!
Beth Michel

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