Uma das grandes virtudes do homem é o
momento em que ele consegue sentir a necessidade de se corrigir, tanto
aos olhos de Deus quanto aos da sociedade e, para melhorar sua vida,
toma tal decisão.
Reconheço ser muito difícil tomar a
iniciativa. Graças a Deus, eu a tomei. Com alguma preocupação; por não
saber a reação das pessoas ofendidas por mim, fui cauteloso,
principalmente nos casos em que as ofensas foram mais fortes, mas a elas
pedi e liberei perdão.
Assim tem sido o meu novo momento e
posso afirmar que só tenho ganhado com essa nova postura tanto na vida
comum como na vida política. Senão, vejamos: Tive embates sérios com o
vereador Silas, presidente do PSDB, quando até mesmo nossas famílias
foram envolvidas , agora ele aceitou o convite a ele formulado para
caminhar comigo.
O CERTO É QUE O MEU PEDIDO DE PERDÃO NA CÂMARA
facilitou essa união que, até então, parecia tão difícil. Já com o Dr.
Cláudio Mansur, estávamos sem falar um com o outro há anos. Ele foi o
meu advogado e quando se aproximou a eleição de 2008 resolveu advogar
para o meu adversário MM. Rompemos, trocamos farpas e agora o Mansur,
presidente do PTB e candidato a prefeito, conversou com meus assessores
e, por mostrar interesse em conversar comigo, rapidamente o procurei e
fechamos uma aliança por Cabo Frio, então ele retirou sua candidatura
quando passou a me apoiar. O MEU PEDIDO DE PERDÃO PÚBLICO foi
preponderante para essa aliança, que ninguém esperava.
Dentre tantas novas conquistas, a partir
desse meu novo comportamento, a mais bonita aliança, posso dizer até
extraordinária, foi com o Alfredo Gonçalves. Só Deus para permitir que
nós dois resolvêssemos tão complicada situação, nos colocando juntos,
sentados à mesma mesa, resolvendo o futuro dos nossos seguidores e
discutindo as possíveis soluções para os muitos problemas da nossa
terra, após tantas farpas lançadas um contra o outro.
Estamos passando
por cima das brigas e desavenças decorrentes da eleição de 2006, quando
no Alfredo coloquei apelido e nos ofendemos mutuamente. Também na
eleição de 2008 novamente estivemos em campos contrários, na verdade a
partir daí em que o pleito foi fraudado pelo atual prefeito, tendo o
mesmo sido cassado várias vezes. Foi naquela ocasião em que eu e o
Alfredo mais nos desentendemos já que o vereador achava que, como amigo,
precisava ser leal ao Prefeito e salvá-lo das casacões impostas pela
Justiça de Cabo Frio.
Mais uma vez eu tirava do meu repertório novos
apelidos para o Alfredo por entender que sua lealdade não deveria
sobrepor a justiça. Enquanto eu defendia a justiça, ele defendia a
lealdade ao “amigo”. Mas, chegou o dia em que a ele e a todos pedi
perdão pelo tempo em que vivia sem aceitar aquele seu comportamento,
como ele até dias atrás, talvez também não aceitasse a forma como o
ofendi durante aquele período das cassações do Prefeito.
Hoje, graças a Deus, estamos juntos, o
que parecia impossível, pois as feridas eram recentes e a dor das mútuas
ofensas ainda dificultava uma convivência, no mínimo respeitosa.
Acreditar na possibilidade de no campo político estarmos juntos, então,
era quase impossível ou até inimaginável já que não dava para esperar
que acontecesse uma separação dos dois, Alfredo/Marquinho.
Todos sabem
que o Marquinho deve a manutenção do seu mandato ao Alfredo e havia, por
isto, assumido que ele seria o seu candidato a prefeito. Não dava para
esperar que pudesse ser diferente, mas foi o que veio a acontecer.
Alfredo, preso ao PMDB, não pôde, como fiz no passado, sair dele e se
abrigar em outro partido. Continuando no PMDB, não pode hoje ser
candidato o que transformou-se uma tremenda covardia.
Como candidato, o
povo pode numa eleição não o escolher nas urnas e adiar seu sonho, mas
ter esse seu sonho tirado por duas ou três pessoas sozinhas e na marra é
pura covardia e maldade, e isso foi o que aconteceu com o Alfredo e de
que, por sorte, escapei saindo do partido antes.
Por tudo que nos aconteceu é que agora
estamos juntos, e acredito que só mesmo Deus para fazer acontecer essa
união. Estou feliz, muito feliz por estar com o Alfredo, sua família e
seus amigos ao meu lado, e tenho fé de que nada mais aconteça entre nós,
para que possamos estar juntos sempre e, se por um motivo qualquer,
tivermos que nos separar politicamente, já que os políticos de bem têm
sonhos parecidos e disputam muitas vezes o mesmo cargo, que saibamos nos
respeitar para, quando precisarmos voltar, possamos estar juntos como
agora e estejamos em paz. Para isso bastará colocar Deus à frente de
nossos sonhos e projetos.
Obrigado, Alfredo, por atender o meu convite para fazermos política juntos. A cidade, a nossa cidade precisa de nós.
Até amanhã!
Alair Corrêa
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