domingo, 27 de maio de 2012

Marquinho propõe casamento homoafetivo entre Jânio, PC e Alfredo


Marquinho e Jânio abraçados (centro)



Dirlei denunciou a tramoia em junho de 2010

Segundo Marquinho, a união (instável) entre Jânio, Paulo César e Alfredo é a única forma de tentar tirar a eleição de Alair “que se tornou imbatível”

O prefeito de Cabo Frio, Marquinho Mendes, disse nesta quinta-feira (25) que Alair é imbatível, e, numa tentativa desesperada de reverter o quadro, propôs colocar no mesmo balaio os prefeitáveis Jânio, Paulo Cesar e Alfredo Gonçalves.


Dirlei denunciou a tramoia em junho de 2010

No dia 11 de junho de 2010, em artigo postado no blog Cartão Vermelho, eu denunciei, com todas as letras, o que chamei de “acordão da imoralidade”, me referindo a uma reunião que acabara de acontecer no gabinete do prefeito de Búzios, Mirinho Braga, em que participaram, além do prefeito do balneário, o ex-prefeito de Cabo Frio, José Bonifácio, o atual prefeito, Marquinho Mendes e Jânio Mendes.

Revelei que ficou estabelecido na tal reunião, dentre outras coisas, a retirada de Alfredo Gonçalves da disputa de uma cadeira na Alerj, o esforço conjunto para a eleição de Jânio (mesmo ficou na primeira suplência), e o compromisso de caminharem com Jânio na eleição municipal de 2012.

Se o leitor entrar no blog Alair Corrêa Direto e pesquisar a data de 11 de junho de 2010, vai encontrar a matéria, dando como fonte o blog Cartão Vermelho.



Agora, dois anos depois, Marquinho Mendes acaba de confirmar tudo: quer uma espécie de casamento homoafetivo contra Alair Corrêa, pois, segundo ele, o pré-candidato do PP se tornou imbatível.

A união dos contrários

A intenção do prefeito de Cabo Frio de juntar todos os candidatos seria chamada pelo professor Renato Azevedo, se vivo estivesse, de união dos contrários.

Em artigo escrito na década de 80, o saudoso professor denunciou a existência de um complô arquitetado por políticos tradicionais da época e disse que ideologicamente os tais políticos não tinham nenhuma afinidade. Por esta razão chamou o movimento de união dos contrários.

A intenção do grupo era a eternização no poder. A vítima, não por acaso, era – assim como agora – o mesmo Alair Corrêa.

Como dizem que a história se repete, eis que agora o prefeito Marquinho Mendes tenta reeditar a tal de união dos contrários que, nos dias atuais, pode ser chamada de união instável ou ainda de casamento homoafetivo.

Leia abaixo a íntegra do artigo postado em 11 de junho de 2010.
 
O ACORDÃO DA IMORALIDADE – POR DIRLEI PEREIRA

Eles são lobos travestidos de ovelhas

 
Publicado em 11/06/2010 por admin

 “Agora é oficial: o acordão contra Alair Corrêa, que coloca no mesmo balaio figuras historicamente antagônicas da política da região, acaba de ser anunciado. O inicio da trama, segundo informações, teria acontecido na semana passada no gabinete do prefeito de Búzios, Mirinho Branco (ele vem sendo chamado assim pelos buzianos a partir da notícia de sua aproximação com Marquinho Mendes, amigo inseparável de Toninho Branco).

Presentes, além do próprio Mirinho, Marquinho Mendes, Jânio Mendes e José Bonifácio. Ausente, mas também beneficiário direto do acordão, o vereador Alfredo Gonçalves. No cardápio, a formação de uma grande frente para enfrentar o deputado Alair Corrêa nas eleições municipais de 2012.

De tempos em tempos algum “gênio” da política de nossa cidade ressuscita essa lengalenga de frente antiAlair, única motivação do tal acordão. Às vezes com outros nomes, mas sempre com a mesma origem: as oligarquias, as famílias tradicionais, que nunca se conformaram com a carreira vitoriosa de Alair, um filho de família humilde, da Vila Nova.

E porque de novo esse chororô volta à ordem do dia? Desespero, puro desespero. Os donos do poder municipal perdem o sono toda vez que ouvem falar da volta de Alair a prefeitura. Sabedores de que não resistiriam a uma simples auditoria, borram-se de medo, medo de perder toda riqueza que amealharam ao longo desses anos e ainda saírem algemados pela Polícia Federal.

Há ainda outro grupo de desesperados com a volta de Alair, formado por aqueles especuladores imobiliários já conhecidos na cidade como “chapas brancas”, por sua profunda intimidade com o prefeito e seus irmãos. Enquanto a economia local dá claros sinais de fadiga, esses mágicos empreendedores gastam mais de 25 milhões na compra das áreas mais nobres e mais valorizadas da cidade. E o inacreditável nisso tudo é que o Ministério Público, tão eficiente e zeloso em outros casos, faça vistas grossas em relação à origem de toda essa dinheirama.

Não se pode perder de vista que esse acordão firmado por Marquinho, Mirinho, Alfredinho (o fujão), Janinho e Zezinho (tudo inho) é execrável sob todos os aspectos, já que feito na calada da noite, em porões sombrios e sob as mais densas e nebulosas trevas. Ele é imoral, porque recheado de conversas não republicanas e de negociatas, e porque quem vai pagar a conta é a “eterna viúva”, a prefeitura municipal, segundo denunciou o jornal Folha dos Lagos.

Assiste-se, a bem da verdade, a mais despudorada barganha de cargos públicos e contrato de obras públicas a que se tem notícia na história de Cabo Frio. E tudo sob o manto da mentira e da hipocrisia. Os legítimos interesses da sociedade jamais foram lembrados, ao contrário, foram vilipendiados e colocados a reboque dos escusos e inconfessáveis interesses de meia dúzia de lobos que sempre se travestiram de ovelhas.

A sociedade inerte, a tudo observa sem esboçar qualquer reação, num misto de cumplicidade, conivência e omissão. Toda a imprensa local amordaçada, calada, comprada. E o Ministério Público finge que não é com ele.

E na casa do povo (se é que se pode chamar aquilo de casa do povo) com raras e honrosas exceções, os vereadores usam do poder do mandato para viabilizar seus próprios negócios junto à prefeitura, fazendo na vida pública o que fazem na privada.

Nessa maracutaia toda, mais um péssimo exemplo teria sido dado pelo presidente da Câmara. Logo ele que tem o dever constitucional de zelar pela imagem do Legislativo. Alfredo Gonçalves, segundo denunciou neste sábado o jornal Folha dos Lagos, exige como quinhão no acordão o monopólio de 3 importantes secretarias: Educação, Governo e Promoção social. Se verídica a denúncia a Folha, os métodos usados por Alfredo se assemelham aos de qualquer traficante. Enquanto uns fazem o tráfico de drogas, de armas, de mulheres ou de órgãos, ele faria o tráfico de influência.

Nunca na história de Cabo Frio vivenciou-se tamanho descalabro do ponto de vista ético, moral, administrativo, econômico e social. Fomos atingidos em cheio por um apagão moral, por um tsunami ético e por uma enorme ressaca de falta de caráter e de princípios. Tais fenômenos não destroem apenas praias, decks, avenidas e calçadões, eles destroem sonhos e corroem as estruturas imateriais da sociedade.

Numa cidade milionária, é inaceitável que os alunos da rede municipal tenham 3,2 de média nacional e que falte merenda, que os profissionais da educação e da saúde continuem com salários de fome, que falte remédios nos postos e lençóis nos hospitais, que o senhor Deucélio, internado no São José Operário, fique com a boca cheia de bichos de mosca, que continuem as filas quilométricas nos hospitais, que exames levem meses para se realizar, que a casa de Wolney continue em ruínas, que desde a eleição de 2008 ninguém mais tenha recebido sequer uma cesta básica ou um saco de cimento, que continue a quebradeira do comércio local….

A sociedade organizada precisa dar um basta e dizer que não tolerará mais a empulhação dessa gente. Caso contrário, Alfredo Gonçalves vai acabar monopolizando a Promoção Social, a Educação e as licitações fraudulentas da Secretaria de Governo, Jânio Mendes vai acabar não despertando do profundo apagão mental que o levou a deletar tudo que disse sobre ética, moralidade e transparência ao se acumpliciar ao governo mais imoral de nossa história, Mirinho vai acabar fazendo igual a Toninho Branco, vindo morar na Praia do Forte e Marquinho Mendes vai acabar… Bom esse já acabou com tudo mesmo.”

Dirlei Pereira é ex-vereador e empresário.


Nenhum comentário:

Postar um comentário