Marquinho propõe casamento homoafetivo entre Jânio, PC e Alfredo
Marquinho e Jânio abraçados (centro)
Dirlei denunciou a tramoia em junho de 2010
Segundo
Marquinho, a união (instável) entre Jânio, Paulo César e Alfredo é a
única forma de tentar tirar a eleição de Alair “que se tornou imbatível”
O
prefeito de Cabo Frio, Marquinho Mendes, disse nesta quinta-feira (25)
que Alair é imbatível, e, numa tentativa desesperada de reverter o
quadro, propôs colocar no mesmo balaio os prefeitáveis Jânio, Paulo
Cesar e Alfredo Gonçalves.
Dirlei denunciou a tramoia em junho de 2010
No dia 11 de junho de 2010, em artigo postado no blog Cartão Vermelho, eu denunciei, com todas as letras, o que chamei de “acordão da imoralidade”,
me referindo a uma reunião que acabara de acontecer no gabinete do
prefeito de Búzios, Mirinho Braga, em que participaram, além do prefeito
do balneário, o ex-prefeito de Cabo Frio, José Bonifácio, o atual
prefeito, Marquinho Mendes e Jânio Mendes.
Revelei
que ficou estabelecido na tal reunião, dentre outras coisas, a retirada
de Alfredo Gonçalves da disputa de uma cadeira na Alerj, o esforço
conjunto para a eleição de Jânio (mesmo ficou na primeira suplência), e o
compromisso de caminharem com Jânio na eleição municipal de 2012.
Se o leitor entrar no blog Alair Corrêa Direto e pesquisar a data de 11 de junho de 2010, vai encontrar a matéria, dando como fonte o blog Cartão Vermelho.
Agora, dois anos depois, Marquinho Mendes acaba de confirmar tudo: quer uma espécie de casamento homoafetivo contra Alair Corrêa, pois, segundo ele, o pré-candidato do PP se tornou imbatível.
A união dos contrários
A
intenção do prefeito de Cabo Frio de juntar todos os candidatos seria
chamada pelo professor Renato Azevedo, se vivo estivesse, de união dos
contrários.
Em
artigo escrito na década de 80, o saudoso professor denunciou a
existência de um complô arquitetado por políticos tradicionais da época e
disse que ideologicamente os tais políticos não tinham nenhuma
afinidade. Por esta razão chamou o movimento de união dos contrários.
A intenção do grupo era a eternização no poder. A vítima, não por acaso, era – assim como agora – o mesmo Alair Corrêa.
Como
dizem que a história se repete, eis que agora o prefeito Marquinho
Mendes tenta reeditar a tal de união dos contrários que, nos dias
atuais, pode ser chamada de união instável ou ainda de casamento
homoafetivo.
Leia abaixo a íntegra do artigo postado em 11 de junho de 2010.
O ACORDÃO DA IMORALIDADE – POR DIRLEI PEREIRA
Eles são lobos travestidos de ovelhas
Publicado em 11/06/2010 por admin
“Agora
é oficial: o acordão contra Alair Corrêa, que coloca no mesmo balaio
figuras historicamente antagônicas da política da região, acaba de ser
anunciado. O inicio da trama, segundo informações, teria acontecido na
semana passada no gabinete do prefeito de Búzios, Mirinho Branco (ele
vem sendo chamado assim pelos buzianos a partir da notícia de sua
aproximação com Marquinho Mendes, amigo inseparável de Toninho Branco).
Presentes,
além do próprio Mirinho, Marquinho Mendes, Jânio Mendes e José
Bonifácio. Ausente, mas também beneficiário direto do acordão, o
vereador Alfredo Gonçalves. No cardápio, a formação de uma grande frente
para enfrentar o deputado Alair Corrêa nas eleições municipais de 2012.
De
tempos em tempos algum “gênio” da política de nossa cidade ressuscita
essa lengalenga de frente antiAlair, única motivação do tal acordão. Às
vezes com outros nomes, mas sempre com a mesma origem: as oligarquias,
as famílias tradicionais, que nunca se conformaram com a carreira
vitoriosa de Alair, um filho de família humilde, da Vila Nova.
E
porque de novo esse chororô volta à ordem do dia? Desespero, puro
desespero. Os donos do poder municipal perdem o sono toda vez que ouvem
falar da volta de Alair a prefeitura. Sabedores de que não resistiriam a
uma simples auditoria, borram-se de medo, medo de perder toda riqueza
que amealharam ao longo desses anos e ainda saírem algemados pela
Polícia Federal.
Há
ainda outro grupo de desesperados com a volta de Alair, formado por
aqueles especuladores imobiliários já conhecidos na cidade como “chapas
brancas”, por sua profunda intimidade com o prefeito e seus irmãos.
Enquanto a economia local dá claros sinais de fadiga, esses mágicos
empreendedores gastam mais de 25 milhões na compra das áreas mais nobres
e mais valorizadas da cidade. E o inacreditável nisso tudo é que o
Ministério Público, tão eficiente e zeloso em outros casos, faça vistas
grossas em relação à origem de toda essa dinheirama.
Não
se pode perder de vista que esse acordão firmado por Marquinho,
Mirinho, Alfredinho (o fujão), Janinho e Zezinho (tudo inho) é execrável
sob todos os aspectos, já que feito na calada da noite, em porões
sombrios e sob as mais densas e nebulosas trevas. Ele é imoral, porque
recheado de conversas não republicanas e de negociatas, e porque quem
vai pagar a conta é a “eterna viúva”, a prefeitura municipal, segundo
denunciou o jornal Folha dos Lagos.
Assiste-se,
a bem da verdade, a mais despudorada barganha de cargos públicos e
contrato de obras públicas a que se tem notícia na história de Cabo
Frio. E tudo sob o manto da mentira e da hipocrisia. Os legítimos
interesses da sociedade jamais foram lembrados, ao contrário, foram
vilipendiados e colocados a reboque dos escusos e inconfessáveis
interesses de meia dúzia de lobos que sempre se travestiram de ovelhas.
A
sociedade inerte, a tudo observa sem esboçar qualquer reação, num misto
de cumplicidade, conivência e omissão. Toda a imprensa local
amordaçada, calada, comprada. E o Ministério Público finge que não é com
ele.
E
na casa do povo (se é que se pode chamar aquilo de casa do povo) com
raras e honrosas exceções, os vereadores usam do poder do mandato para
viabilizar seus próprios negócios junto à prefeitura, fazendo na vida
pública o que fazem na privada.
Nessa
maracutaia toda, mais um péssimo exemplo teria sido dado pelo
presidente da Câmara. Logo ele que tem o dever constitucional de zelar
pela imagem do Legislativo. Alfredo Gonçalves, segundo denunciou neste
sábado o jornal Folha dos Lagos, exige como quinhão no acordão o
monopólio de 3 importantes secretarias: Educação, Governo e Promoção
social. Se verídica a denúncia a Folha, os métodos usados por Alfredo se
assemelham aos de qualquer traficante. Enquanto uns fazem o tráfico de
drogas, de armas, de mulheres ou de órgãos, ele faria o tráfico de
influência.
Nunca
na história de Cabo Frio vivenciou-se tamanho descalabro do ponto de
vista ético, moral, administrativo, econômico e social. Fomos atingidos
em cheio por um apagão moral, por um tsunami ético e por uma enorme
ressaca de falta de caráter e de princípios. Tais fenômenos não destroem
apenas praias, decks, avenidas e calçadões, eles destroem sonhos e
corroem as estruturas imateriais da sociedade.
Numa
cidade milionária, é inaceitável que os alunos da rede municipal tenham
3,2 de média nacional e que falte merenda, que os profissionais da
educação e da saúde continuem com salários de fome, que falte remédios
nos postos e lençóis nos hospitais, que o senhor Deucélio, internado no
São José Operário, fique com a boca cheia de bichos de mosca, que
continuem as filas quilométricas nos hospitais, que exames levem meses
para se realizar, que a casa de Wolney continue em ruínas, que desde a
eleição de 2008 ninguém mais tenha recebido sequer uma cesta básica ou
um saco de cimento, que continue a quebradeira do comércio local….
A
sociedade organizada precisa dar um basta e dizer que não tolerará mais
a empulhação dessa gente. Caso contrário, Alfredo Gonçalves vai acabar
monopolizando a Promoção Social, a Educação e as licitações fraudulentas
da Secretaria de Governo, Jânio Mendes vai acabar não despertando do
profundo apagão mental que o levou a deletar tudo que disse sobre ética,
moralidade e transparência ao se acumpliciar ao governo mais imoral de
nossa história, Mirinho vai acabar fazendo igual a Toninho Branco, vindo
morar na Praia do Forte e Marquinho Mendes vai acabar… Bom esse já
acabou com tudo mesmo.”
Dirlei Pereira é ex-vereador e empresário.
FONTE: Blog do Cartão Vermelho
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