Coluna do Dr. Marcelo Paiva Paes.
Uma das coisas mais engraçadas desta
tensão pré-eleitoral em Cabo Frio é o verdadeiro “toma que o filho que é
teu” que estão fazendo com Marquinhos Mendes.
O atual prefeito é jogado para lá e
para cá como se fosse um Judas. Os blogs janistas dizem que Marquinhos
Mendes e Alair Correia estão juntos, por outro lado os alairzistas dizem
que Marquinhos está com Jânio, Marquinhos Mendes por sua vez declara
que é Alfredo Gonçalves, mas Alfredo fala para todas as pessoas que
encontra que Marquinhos o está matando politicamente, e que ele só está
tolerando isso para poder ser candidato, mas que não tem compromisso
nenhum com o prefeito. Paulo César por sua vez também corteja o governo
do estado, mas não corteja o apoio direto do prefeito, e ainda diz que
sempre criticou a família Mendes.
Ou seja, Marquinhos está igual peteca,
não para na mão de ninguém. Cada um que o recebe o lança para o outro.
Mas ainda que pareça peteca, Marquinhos na verdade é, como disse acima, o
Judas. E sabem por quê? Porque apesar de o rejeitarem publicamente como
se fosse um cão leproso, muitos podem querer o saquinho de tostões que
ele tem nas mãos. Saquinho de dinheiro sujo, é verdade, pois que
aparentemente oriundo de fraudes licitatórias, mas também não era sujo o
dinheiro que Judas ganhou ao delatar Cristo?
Então, rifado como peteca, mas com um
saquinho de dinheiro nas mãos, o prefeito segue armando o seu sorriso de
cobra criada, pois sabe que no último instante, quando o jogo já
estiver quase definido, ele pode apostar finalmente as suas fichas e
salvar-se pelos próximos quatro anos.
Ficamos na torcida para que as pessoas
que estarão disputando esta eleição consigam ser superiores aos tostões
do prefeito. Na sua maioria os candidatos tem formação cristã, quem
sabe ao perceberem que o dinheiro que lá está é um dinheiro de Judas
eles prefiram manter-se à distância? Seria bom para a cidade, mas melhor
ainda para o futuro mandatário, que pode acabar livre do atual prefeito
e assim permitir que novas lideranças surjam, até mesmo dentro do seu
próprio grupo.
Caso contrário, protegido pelos
próximos quatro anos, Marquinhos pode manter o seu sorriso de Hiena
africana e, tal qual esta besta das savanas, tentar voltar a comer a
carcaça da prefeitura daqui a quatro anos.
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