terça-feira, 8 de maio de 2012

Coluna do Dr. Marcelo Paiva Paes.

Uma das coisas mais engraçadas desta tensão pré-eleitoral em Cabo Frio é o verdadeiro “toma que o filho que é teu” que estão fazendo com Marquinhos Mendes.
 
O atual prefeito é jogado para lá e para cá como se fosse um Judas. Os blogs janistas dizem que Marquinhos Mendes e Alair Correia estão juntos, por outro lado os alairzistas dizem que Marquinhos está com Jânio, Marquinhos Mendes por sua vez declara que é Alfredo Gonçalves, mas Alfredo fala para todas as pessoas que encontra que Marquinhos o está matando politicamente, e que ele só está tolerando isso para poder ser candidato, mas que não tem compromisso nenhum com o prefeito. Paulo César por sua vez também corteja o governo do estado, mas não corteja o apoio direto do prefeito, e ainda diz que sempre criticou a família Mendes.
 
Ou seja, Marquinhos está igual peteca, não para na mão de ninguém. Cada um que o recebe o lança para o outro. Mas ainda que pareça peteca, Marquinhos na verdade é, como disse acima, o Judas. E sabem por quê? Porque apesar de o rejeitarem publicamente como se fosse um cão leproso, muitos podem querer o saquinho de tostões que ele tem nas mãos. Saquinho de dinheiro sujo, é verdade, pois que aparentemente oriundo de fraudes  licitatórias, mas também não era sujo o dinheiro que Judas ganhou ao delatar Cristo?
 
Então, rifado como peteca, mas com um saquinho de dinheiro nas mãos, o prefeito segue armando o seu sorriso de cobra criada, pois sabe que no último instante, quando o jogo já estiver quase definido, ele pode apostar finalmente as suas fichas e salvar-se pelos próximos quatro anos.
 
Ficamos na torcida para que as pessoas que estarão disputando esta eleição consigam ser superiores aos tostões do prefeito. Na sua maioria os candidatos tem formação cristã, quem sabe ao perceberem que o dinheiro que lá está é um dinheiro de Judas eles prefiram manter-se à distância? Seria bom para a cidade, mas melhor ainda para o futuro mandatário, que pode acabar livre do atual prefeito e assim permitir que novas lideranças surjam, até mesmo dentro do seu próprio grupo.
 
Caso contrário, protegido pelos próximos quatro anos, Marquinhos pode manter o seu sorriso de Hiena africana e, tal qual esta besta das savanas, tentar voltar a comer a carcaça da prefeitura daqui a quatro anos.

Fonte Blog Cartão Vermelho

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