sexta-feira, 14 de outubro de 2011

 

 

14/10/11 FONTE : ALAN CHAPARRAL

 


POR ALBERTO CASTRO NETO & CARLOS SEPÚLVEDA

E POR FALAR EM ROYALTIES !!!

OS NÚMEROS E A VERDADE

Em recente entrevista no programa do excelente radialista Sidney Marinho, o atual Prefeito Municipal manifestou-se interpretando o que ele entende com relação ao desempenho de sua própria administração nesses últimos sete anos. Aproximando-se de uma peça de ficção, comentou – retornando à conhecida estratégia de vitimização, já por demais conhecida por todos – suas realizações e dificuldades ao longo desse período.

            Após declarações repetitivas, afirmações de ordem pessoal que em nada interferem na administração de um Estado laico, loas à sua equipe jurídica sem tocar no mérito dos processos citados, somente nas artimanhas legais, promessas já conhecidas desde sua última campanha – aliás, não cumpridas – adentra por uma rota perigosa: alega que não foi tão grande assim a diferença de royalties recebidos durante seu governo, incluindo reeleição e o de seu antecessor, Alair Corrêa.

            Argumentos e alegações jogadas ao vento são difíceis de refutar, mas  quando envolvem quantidades, ordem ou medida ficam muito claras para que possam ser comparadas e entendidas. A falsidade e a mentira não prosperam. Estamos falando de números que, segundo Pitágoras, representam a essência e o princípio de todas as coisas. E olha que isso foi percebido pelos gregos bem antes do marco zero da era cristã.

            Vamos lá então! Comentemos essa suposta pequena diferença de royalties, com esses benditos números:

Anos
Alair Corrêa
Anos
Marcos Mendes
1997
4.649,56
2005
144.700.590,38
1998
1.292.446,64
2006
216.362.743,43
1999
13.198.427,78
2007
176.271.598,61
2000
23.418.436,27
2008
198.676.321,78
1º Governo
37.913.960,25
1º Governo
736.011.254,20
2001
30.011.702,99
2009
123.705.536,80
2002
57.319.260,01
2010
181.905.825,10
2003
84.076.224,46
2011
169.586.632,60 (*)
2004
96.143.766,46
2012

2º Governo
267.550.953,92
2º Governo
475.197.994,50 (*)
Alair Corrêa
305.464.914,17
M. Mendes
1.211.209.248,70 (*)
      (*) Somente até o mês de setembro de 2011

            Os números falam por si só! Mas não custa – já que parece que o pessoal está um pouco distraído, chamar a atenção para alguns pontos:

            Até a presente data, foram arrecadados 4 (quatro) vezes mais royalties no atual governo do que no anterior. Considerando-se os valores oficiais, que foram extraídos da página do Banco do Brasil, isso representa uma diferença de R$ 900.000.000,00. Muito dinheiro! Muita coisa poderia ter sido feita!

            Se estimarmos o que ainda falta arrecadar nos dois governos Mendes (2005 a 2012), atingimos à cifra total de, aproximadamente, R$ 1.500.000.000,00, ou seja, 5 (cinco) vezes mais do que foi arrecadado no período de Alair Corrêa.

            Fica difícil comparar um bilhão e meio com trezentos milhões, em especial se olharmos em nossa volta e, sem qualquer partidarismo, fizermos uma avaliação honesta de tudo que foi realizado em ambas as gestões. Quem ganha de goleada?

            Resta claro o corre-corre de final de mandato, meio que desorganizado, tentando fazer várias coisas ao mesmo tempo, a maior parte delas infrutíferas do ponto de vista político, quando se pensa que vivemos sete longos anos ao abandono e relento. Fica difícil entender que somente agora e com recursos estaduais ou federais, alguma coisa possa ser feita.

            Essa entrevista, em que até a energia faltou, foi o cabal prenúncio de um fim melancólico da atual administração. Por fim, além das promessas feitas desde a campanha eleitoral que estão sempre próximas de se concretizar, mas não ocorrem nunca, como é o caso do centro de convenções, o alcaide pontifica esclarecendo o óbvio: que suas críticas se dirigem ao homem público e ao adversário e nunca à pessoa. Sabemos disso Excelência e assim sempre agimos.

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