sábado, 29 de outubro de 2011

 

ABONO EM CABO FRIO NÃO É PRÊMIO. É COMPROMISSO!

Foi possível, sem estar sentado na cadeira de Prefeito, ajudar a fazer Justiça. Estamos falando sobre o episódio do abono, concedido ontem pelo prefeito Marcos Mendes aos professores.
Após sete anos sem dar abonos, argumentando não ser “prefeito de abonos”, ontem, tripudiando sobre nossa inteligência e desmentindo a si mesmo, na noite do Baile dos Professores, Marquinhos Mendes anunciou um abono de R$ 600,00.
Bastou que eu marcasse uma festa para os professores com sorteio de brindes, para aguçá-lo e obrigá-lo a também dar alguma coisa aos funcionários da Educação.
Por isso, indiretamente, nossa atitude contribuiu para que os funcionários recebessem o que não tiveram nos últimos sete anos. O Abono!
Abono em Cabo Frio, após os oito anos de nosso governo, em que os funcionários eram contemplados, deixou de ser um prêmio e tornou-se um compromisso.
Por que concedíamos abonos?
Quando estava exercendo o cargo de Prefeito, receoso em conceder um aumento regular que poderia comprometer o orçamento e, até mesmo, como conseqüência, resultar em atrasos no pagamento dos funcionários, adotava a seguinte estratégia: – esperava o fechamento da arrecadação do 1º semestre e se o resultado correspondesse ao que esperávamos, o excesso seria dividido com os funcionários na forma de abono.
Assim ocorreu nos oito anos em que administrei a cidade, dividindo o “superávit” orçamentário com os funcionários nos dias 01 de Maio (Dia do Trabalho), 15 de outubro (Dia do Professor), 28 de outubro (Dia do Funcionário Publico) e, algumas vezes, com grande alegria, pude fazê-lo também na primeira quinzena de janeiro, com as sobras financeiras do exercício anterior.
Então posso afirmar que abono em Cabo Frio não é prêmio, é compromisso!
Algumas vezes tivemos a felicidade de conceder aumentos e abonos, simultaneamente, quando a previsão de arrecadação se consolidava e nos permitia dar este passo sem receios de comprometer as demais responsabilidades do Governo.
Em outras circunstâncias, em caso de dúvidas, mas com respeito e carinho pelo funcionalismo, concedia o abono.
O que nós fazíamos, não era prêmio, mas sim cumprir a obrigação de distribuir entre os servidores as receitas extraordinárias do município, com isto também favorecendo o comércio e outras atividades, fazendo com que os valores arrecadados circulassem e resultassem em benefícios para toda a população.
Que bom ter anunciado a festa no Riala e com isto ter obrigado o governo a fazer o que evitou durante sete anos.
Mas precisamos perguntar: Onde está o dinheiro dos outros abonos que não foram pagos aos funcionários?
Calculem comigo: R$ 600,00 x 15.000 funcionários = R$ 9.000.000,00 (nove milhões de reais)
Considerando que eu conseguia dar (no mínimo) dois abonos por ano, vamos multiplicar a atual promessa do governo por dois. Então teremos:
R$ 9.000.000,00 x 2 = R$ 18.000.000 (dezoito milhões de reais) por ano.
Vamos fazer só mais uma continha: R$ 18.000.000,00 x 7 (sete anos sem que este desgoverno desse qualquer abono) = R$ 126.000.000,00 ( cento e vinte e seis milhões de reais).
Para onde foram estes R$ 126.000.000,00 que deveriam ter sido destinados aos servidores municipais sob a forma de aumentos ou abonos?
O recolhimento de lixo, os investimentos na Saúde e na Educação, o pagamento dos salários, as imobilizações de recursos em obras públicas, as verbas destinadas às festas e outras atividades de lazer, enfim, todos os dispêndios do governo são regidos por normas próprias.
E pelo que se conhece da diferença entre Receitas e Despesas da Prefeitura, a concessão dos abonos anuais seria perfeitamente viável. Por que não entregar os recursos do abono aos funcionários?
Mas a próxima eleição está se aproximando… Aí eles se lembram que o funcionário existe.
Mais juízo, Marquinho!
Abono não é prêmio, é compromisso.
Até Amanhã!
Alair Corrêa

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