quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Homem apontado como sócio de Pimentel pede demissão da PBH

Otílio Prado tinha cargo de assessor na Prefeitura de Belo Horizonte.
Por meio de nota, prefeitura disse que pedido de demissão foi aceito.

Do G1 MG



A Prefeitura de Belo Horizonte informou nesta quinta-feira (8) que Otílio Prado não é mais assessor especial na PBH. De acordo com a nota enviada a imprensa, o prefeito da capital mineira, Marcio Lacerda, aceitou o pedido de demissão de Prado. Ele é sócio do ministro do desenvolvimento e ex-prefeito de BH, Fernando Pimentel, na empresa de consultoria P21.

Segundo denúncias publicadas no jornal "O Globo", Fernando Pimentel é suspeito de praticar tráfico de influência, por ter recebido R$ 2 milhões como pagamento de consultorias, num período de dois anos, entre a saída da prefeitura e a posse no ministério.

Pimentel disse, em nota, que não há ilegalidade nas consultorias e nem no fato de Otílio Prado ter sido sócio dele, enquanto era funcionário da prefeitura.
Anexada à nota, a prefeitura encaminhou o documento que seria a carta de demissão de Prado. Na carta, ele afirma que é sócio minoritário na empresa P21 e em novembro de 2010 tornou-se sócio-gerente. De acordo com Prado, a empresa encontra-se inativa desde antes da sua mudança de cargo.

Denúncias
Reportagem do jornal "O Globo" publicada no domingo (4) apontou que Pimentel recebeu R$ 2 milhões pela sua empresa de consultoria, P-21 Consultoria e Projetos Ltda., entre 2009 e 2010, após deixar o cargo de prefeito de Belo Horizonte e antes de assumir vaga no ministério de Dilma Rousseff.

Em outra reportagem publicada nesta terça (6), "O Globo" cita outro contrato em que o ministro teria recebido R$ 400 mil de empresa pertencente ao filho de um sócio de Pimentel em sua consultoria. Nesta quarta, o jornal "Folha de S.Paulo" informou que esta empresa manteve contrato com a Prefeitura de Belo Horizonte quando Pimentel era prefeito.

Em nota divulgada nesta terça, o ministério reforçou que Fernando Pimentel deixou a empresa no fim do ano passado e que todas informações sobre a consultoria foram repassadas à Comissão de Ética Pública da Presidência.

Em entrevista nesta terça ao Jornal Nacional, Pimentel mostrou os contratos e negou irregularidades. "Eu prestei serviços de consultoria em 2009 e 2010, quando eu não ocupava qualquer cargo público. Não era mais prefeito, ainda não era ministro, não era nem deputado, nem senador, nem nada, trabalhei como economista, fui remunerado pelo trabalho, emiti notas fiscais e paguei os tributos. Não tem nada de irregular", disse.

Líderes da base governista defenderam o ministro. "Não existe nada ilegal. Ele era um cidadão comum quando fez essas consultorias. Não era ministro, deputado, senador, prefeito, não ocupava cargo público nenhum", disse o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP).

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